Nanoferas Surgem As Novas Lendas - Chapter 3 Num Passo Ousado Criando Um Potente Pos Bi Terrano Nanoferas? O Que Estes Cientistas Est?o Pensando?
- Home
- All NOVELs
- Nanoferas Surgem As Novas Lendas
- Chapter 3 Num Passo Ousado Criando Um Potente Pos Bi Terrano Nanoferas? O Que Estes Cientistas Est?o Pensando?
“O que voc esperava? Lakah no ia viver para sempre. Alm disso, ele no ousou como voc, Zoela”
Odiava quando meu irmo positrnico tinha razo, mas era duro reconhecer que Lakah se fora. Meu brilhante mestre surpreendentemente no aceitou meu plano. Para um ara, pelo menos eu pensava, no havia nada demais em viver dessa forma. Mas ele fora taxativo:
Assim como Aribo, eu tambm abomino as transformaes geneticamente planejadas do corpo. Estudar a gentica, us-la para o progresso e bem comum da Galxia tudo bem. Mas, alterar meu ser, aquilo que sou, ou mesmo de qualquer outro galctico contra meus princpios.
Mas no se preocupe, lhe ajudarei em sua teimosa empreitada, pois tambm acho ser necessrio manter pelo menos um de ns durante todo o projeto. Aquele maluco do Palvorg j transformou quase todo o corpo. Se no fosse aquela cabea feiosa, nem saberamos que se ele um coluna-anatomista ou um cantaro. Mas, apesar de tudo, nunca conseguirei confiar totalmente nele. Para ser sincero, tenho medo que se algum dia sairmos dessa estranha situao, os que estiverem l fora, no vo tambm confiar nele!
Meu plano era simples! Tonzuc Vorgki, o nico pos-bi que estava na base, j havia concordado com o mesmo. Como sabamos, o componente plasmtico tinha que ser altamente condensado. Ento, precisvamos simplesmente condensar meu crebro e convert-lo para plasma, mantendo claro minha conscincia. O experimento era arriscado, mas j haviam conseguido algo um pouco parecido. Aqueles terranos da Dino III, no caso da OLD MAN.
Porm, meu plano era mais ousado. No queria somente conservar meu crebro ao longo do tempo, no! Eu no correria o risco de ficar louco igual a eles, eu queria transformar meu crebro no componente plasmtico de Tonzuc. Infelizmente, ou felizmente, aps a condensao molecular que iriamos fazer com a tecnologia e conhecimento de Palvorg, iramos ficar com uma massa celular de apenas 3 cm cbicos.
Quase desistimos, mas Tonzuc nos esclareceu que uma vez que seu componente plasmtico seria transferido para SANTOS DUMONT, nosso novo computador com semitrnica, no haveria problema algum em miniaturizar seu componente positrnico e estabelecer uma ligao micro-hiperimpotrnica. O formato do novo corpo pos-bi ento era bvio. Por que no se basear em nossa obra? As especificaes de Paladino eram conhecidas, e j que no havia necessidade de ser tripulado, no ouve problema algum em miniaturizar ao mximo.
O componente plasmtico de Tonzuc foi muito bem aproveitado. Ele controlaria a rede biopositrnica-hiperimpotrnica de SANTOS DUMONT, composta de 12 microssintrnicas baseadas na tecnologia do semiespao e protoplasma vivo altamente condensado. O componente plasmtico seria uma espcie de ultraconscincia, j que no conhecamos um pos-bi mais fiel a Humanidade do que ele.
No tnhamos muito tempo. Aps 100 anos naquele estranho continuum, meu corpo j no aguentava mais. Eu estava com 155 anos, mas devido s intensas radiaes da pesquisa gentica feita em conjunto com Lakah e Palvorg, no restava dvidas de que eu tinha no mximo uma dcada. E se eu quisesse contar com Lakah, tinha que ser mais rpido ainda. O ara j tinha quase trezentos anos e at mesmo para um ara, estava no limite de sua vida!
O processo no foi exatamente agradvel, mas deu certo. ” claro, voc duvidava da capacidade de Palvorg? Se no fosse assim, nem teria concordado em me usarem”.
“Precisava acostumar com isso. Ser que assim que Atlan e outros arcnidas, que tm ativado o crebro extra, se sentiam. Parecia uma invaso de minha intimidade”
“Bobagem! Voc precisa se acostumar rpido. Eu e voc agora somos um s! Eu tambm ainda no estou totalmente livre do meu antigo eu, mas no existe mais Zoela Leko e Tonzuc Vorgki”
“Ai que voc se engana, Tonzuc. Eu ainda me sinto como Zoela. E foi justamente isso que Palvorg garantiu que aconteceria. Mas eu tambm concordo que devemos agir em conjunto, porm, devemos manter nossa individualidade. Ns seremos um duo concepto. A nica diferena e que voc uma hiperimpotrnica e eu, um terrano”
Exteriormente, concordamos que seriamos apenas o novo pos-bi Tonzuc Vorgki. O micropaladino caiu como uma luva. Como no era necessrio ter passageiros, usamos toda a tcnica da microtecnologia siganesa, membros sintticos cantaros e gentica coluna-anatomista para criar um micro-halutense de 30 centmetros. Pequeno para os galcticos, mas imenso para nossos “filhos”.
Sem contar que devido a alta tecnologia, tnhamos a fora e velocidade de reao de um oxtornense. No ramos compatveis a um halutense, mas poderamos enfrentar tranquilamente at mesmo um ertrusiano!
***
Quando se olhava pela janela da central de Arazi, tudo o que se via era um deserto rochoso e o enganoso sol azul que nunca se conseguia atingir.
A estranha anomalia temporal cercava o planeta em exatos 12.000 km e nunca conseguimos avanar alm dessa barreira, mesmo vendo o sol azul e inclusive recebendo seus danosos raios.
Arazi era um grande complexo de minas galcticas que foi inteiramente aproveitado para criar uma das bases de resistncia contra TRAITOR. Ao levantar o complexo foram criadas 12 cpulas de 275 metros, cada uma sob um campo triplo pentadimensional para proteger seus ocupantes e instalaes da radiao do sol.
Abaixo das cpulas 1 e 2, havia um complexo com 25 andares subterrneos. As cpulas 1 a 2 eram exclusivamente residenciais e foram construdas para receber os galcticos que guarneceriam a base. Atualmente, a cpula 1 fora inteiramente transformada em laboratrios e salas para todos os tipos de experincias.
Por questes de praticidade os nanoferas foram alojados nos andares 1 a 6 e o primeiro nvel no grande ginsio de simulao de combates.
A cpula 2 fora transformada nas instalaes de SANTOS DUMONT, continuamente em expanso, atualmente seus bancos de dados j ocupavam 5 nveis de subsolo. Mas, por sugesto dos nanoferas, sempre deixaram o ncleo central do mesmo com apenas 5 metros, sendo que a qualquer momento o mesmo poderia ser desacoplado do resto das instalaes gigantes.
Das outras 10 cpulas, 5 eram instalaes subterrneas com gigantescas quantidades de peas e materiais sobressalentes com tudo que se podia imaginar ser necessrio para manter uma base galctica e suas naves. Infelizmente sem o principal: os cinco gigantes da classe Imprio de 1.500 metros; a maioria das peas sobressalentes no servia para a pequena nave de 350 metros que restou.
As 5 cpulas restantes eram a chamadas cpulas mineradoras, embaixo de duas estavam as jazidas de hovalgnio de Arazi, na terceira havia a pequena mina de inquelnio que j havia sido explorada e ampliada as cpulas restantes eram complexos para beneficiamento e metalurgia dos minerais.
***
Agora j se havia passado duzentos anos. A primeira gerao estava mais que aprovada, os primeiros de nossos “meninos” at mesmo j estavam nos ajudando nas pesquisas. Pois era necessrio descobrir rapidamente porque estvamos nessa situao. A nica coisa que sabamos por enquanto era que algum resqucio do grande choque ocorrido com o fechamento de DORIFER fora ativado pela destruio da Coluna Terminal TRAITOR.
Ser que se soubssemos disso, teramos destrudo aquela nave?
“Positivo! Vocs no tinham escolha. Era destruir a nave ou serem destrudos impiedosamente pelas foras do Caos”
“Para voc fcil dizer isso, voc relativamente imortal, j que um pos-bi, Alm disso, sendo o componente positrnico, nem tm que lidar com sentimentos.”
“Mesmo assim! Ns, pos-bis, conhecemos muito bem a psique terrana e dos humanos em geral. Vocs no desistem facilmente”
“Ainda assim, ficamos presos nessa estranha anomalia temporal que atingiu todo o planeta aps a exploso. J se passaram 200 anos e nem sabemos se TRAITOR ainda domina a Galxia? Por que continuar com essas experincias?”
***
Apesar de suas dvidas, ele sabia que Palvorg estava certo. Eles no sabiam se e quando a anomalia temporal acabaria. Nada garantia que o tempo l fora se passava da mesma maneira. Se eles queriam realmente ajudar os galcticos, tinham que continuar seus projetos. A nica arma contra TRAITOR seria combat-los com seus prprios meios.
O plano de Palvorg era ousado, usar tudo que Palvorg tinha em sua clula de sobrevivncia e criar as suas prprias contramedidas contra as temveis microbestas. Surpreendentemente foi Palvorg quem exigiu que as suas biocrias teriam que ter conscincia prpria. Pois somente se fossem livres, eles poderiam lutar de verdade.
Seu plano era complexo e simples ao mesmo tempo. Com uma cultura de garras de laboraten eles modificariam o crebro das microbestas. Segundo Palvorg, a garra de laboraten era usada somente para controlar e forar outras inteligncias a colaborar forosamente com TRAITOR. O ser que fosse controlado assim, achava que estava agindo por conta prpria e que realmente tinham convico de lutar ao lado dos Caotarcas.
Mas o que Palvorg queria era usar a capacidade de controle a nvel molecular das garras. Eles tinham uma macrobesta congelada e j sabiam como duplicar geneticamente o crebro programador. Assim as suas biocrias tambm teriam crebro programador. Mas eles estavam incorrendo no mesmo erro dos coluna-anatomistas. Se no fosse as ideias de Palvorg em conjunto com Zoela e Lakah, no teria sido possvel.
Foi Zoela quem sugeriu aplicar a tcnica de regeneradores psicognicos nas microbestas in vitro, assim a sua ndole pde ser pacificada o suficiente para aceitar o crebro processador. Em contrapartida, foi Lakah quem descobriu que somente diminuindo ainda mais os seres de retorta, se poderia adicionar o estmago conversor. O resultado final foi que as microbestas deles tinham 15 centmetros contra os 20 centmetros originais. Alm disso, possuam crebro programador e estmago conversor. Assim no eram bestas irracionais e mantinham grande autonomia, j que no dependiam de alimentao convencional.
Essas ideias aliadas ao controle molecular das garras, tornou possvel a Palvorg juntar os trs fatores. Assim os nanoferas tinham 15 centmetros, crebro programador e estmago conversor.
Elas esto menores que uma microbesta! Se continuar assim, pode-se pensar que chegaremos em nanotamanhos…
Acho que este o menor tamanho possvel Lakah, e vrias coisas sero minsculas mesmo… isso, boa ideia, no tem menor vamos cham-los de NANOFERAS! respondeu Zoela.
O nico porm que devido ao constante controle molecular necessrio, no poderia haver a estrutura de clulas secundrias, mais conhecida como converso celular. Mas isso foi rapidamente contornado com aplicao de gentica de adaptao ambiental ao estilo oxtornenses, assim os nanoferas no eram to resistentes como os microbestas mas, eram resistentes como oxtornenses com a vantagem de manterem a velocidade normal o tempo todo. Como no tinham o corpo preparado para a converso estrutural, elas eram albinos e s ficavam com a pele negra quando estavam grvidos em vez de verde como os halutenses.
Os nanoferas no foram forados a servir, desde o incio, foram tratadas como iguais pelos presos temporais e foram colocadas a par de todas a histria galctica. No se sabe se devido a isso, ou aos regeneradores psicognicos, eles eram to ou mais afetuosas que um halutense. O famoso Icho Tolot inclusive era cultuado como um deus por elas, principalmente aps terem tomado conhecimento de toda a sua histria de lutas ao lado do terranos. Alm disso, tinham um profundo senso de cortesia. Ao que parece, caracterstica de todos os seres pequenos, porque os galcticos presos no campo temporal s tinham visto tal comportamento de forma to acentuada nos pequeninos swoons ou mesmo siganeses.
Aqui tambm Palvorg havia dado seu toque especial. Aps estudar a macrobesta e inteirar-se sobre o regenerador psicognico e toda a histria dos halutenses e lemurenses, ele j sabia que tinha que dar um jeito para os nanoferas serem mais combativos. A soluo novamente foi usar o controle molecular das garras de laboraten. Assim os nanoferas tinham a capacidade de entrar em Lavagem Forada de modo automtico. Bastava um simples pensamento e a sua estrutura corporal mudava os hormnios para o modo agressivo.
Como esse estado era consciente, as mesmas no perdiam o raciocnio e mantinham-se inteligentes e focadas no objetivo. Inclusive sabendo muito bem quem era amigo e quem era inimigo, outra vantagem indiscutvel sobre as microbestas.